Como Ter Sempre Razão (Mesmo Estando Errado) – O Guia Supremo para Mestres da Impostura





Fale com Confiança, Mesmo que Esteja a Dizer Barbaridades (ou a Arte de Ser um Lorpa Convencido)
Sabe aquele momento em que precisa de dar uma de sabichão, mas a única coisa que sabe é a urgência de se safar da embrulhada? A solução é simples: enfie um varão de cortina no seu... (ehem, ehem) ...na sua coluna vertebral, empine o queixo e fale com a certeza de um galo a cantar ao amanhecer.

Já viu aqueles tipos que explicam física quântica com a mesma segurança de quem pede uma bica no café? É essa energia que queremos! Imagine a cena: você, numa roda de amigos, a explicar que a Terra é oca e habitada por lagartos gigantes. Se alguém duvidar, fixe-o nos olhos, como se ele fosse a aberração da natureza, e diga: "Meu caro, precisa de alargar os seus horizontes. Já viu um buraco na Antártida? Ninguém nunca voltou de lá para contar a história!"


Capítulo 2: Cite Fontes que Ninguém Vai Verificar (ou a Wikipédia da Burla)


Fontes? Para que fontes? Quem precisa de factos quando se tem amigos imaginários? Mas, como vivemos numa sociedade que preza pela "credibilidade" (risadas), vamos inventar umas fontes mirabolantes.

"Segundo um estudo da Universidade do Butão sobre a influência da flatulência de iaque na camada de ozono..." – quem vai verificar isso, pessoal? Ninguém sabe sequer se o Butão tem universidade, quanto mais se estudam peidos de iaque!

Eu, particularmente, adoro usar o "o meu amigo que trabalha na NASA". Ele já me contou cada coisa... tipo que a Lua é feita de queijo da serra e que os astronautas comiam escondido durante as missões Apollo. Se alguém duvidar, diga que ele pediu para não ser identificado porque "eles não querem que a verdade venha ao de cima". Misterioso, não é?


Capítulo 3: Se os Factos Não Ajudam, Apelação para a Lágrima! (ou o Teatro de Drama Gratuito)


Os factos são seus inimigos? Ótimo! Hora de ativar o modo "estrela de telenovela mexicana em crise de abstinência". Choro, gritos, acusações infundadas... o pacote completo!

Imagine a cena: alguém apanha-o em flagrante, dizendo que mentiu sobre ter ido doar sangue. Em vez de pedir desculpa, comece a soluçar e a gritar: "Está a acusar-me? Logo eu, que sempre fui um exemplo de cidadão? Quer destruir-me! Sou uma vítima da sociedade!"

Funciona que é uma maravilha. As pessoas ficam tão embaraçadas com o seu ataque de nervos que se esquecem do assunto original.


Capítulo 4: Use Estatísticas Falsas (ou a Matemática do Disparate)







Estatísticas são como fatos de banho: mostram o que interessa, mas escondem o essencial. E, no nosso caso, o essencial é esconder a verdade por trás de números inventados.

"99,9% das pessoas que usam chapéu de alumínio são imunes a ondas cerebrais extraterrestres." – Pronto, lancei a bomba! Quem vai contestar? E o melhor: se alguém usar chapéu de alumínio e for abduzido, pode dizer que a pessoa fazia parte dos 0,1% que não eram imunes. Genial!

Eu adoro inventar estatísticas sobre a minha vida. Tipo: "87% das vezes que como francesinha, chove no dia seguinte." Ninguém precisa de saber que eu só como francesinha quando já está a chover, pois não?


Capítulo 5: Ridicularize o Oponente, Nunca o Argumento (ou a Arte de Ser um Bully Intelectual)





Argumentos são maçadores. Pessoas são mais divertidas de atacar! Se alguém se atrever a confrontá-lo com factos e lógica, ignore tudo e comece a analisar a aparência, o histórico ou as preferências da pessoa.

"Ah, discorda de mim? Deve ser porque é um esquerdista a comer pastéis de nata!" – Simples, direto e eficaz. O oponente fica tão ocupado a defender-se da sua agressão que se esquece do argumento original.

Eu já usei esta técnica até com a minha mãe. Uma vez, ela disse-me que eu precisava de arrumar o meu quarto. Eu respondi: "Ah, mãe, só diz isso porque estás na menopausa!" Funcionou! Ela ficou tão chocada que me deixou em paz. (Mãe, amo-te, era a brincar!)


Capítulo 6: Mude de Assunto Aleatoriamente (ou a Síndrome de Esquilo Hiperativo)


Sabe quando está numa conversa e, de repente, vê um esquilo a correr e perde totalmente o foco? É essa energia que precisa! Se alguém o encurralar com perguntas difíceis, grite "Olhem ali, um OVNI!" e fuja a sete pés na direção oposta.

Se estiverem a discutir sobre política, pergunte qual é a melhor receita de arroz doce. Se estiverem a falar sobre economia, questione se os Pai Natal existem. O importante é desviar a atenção e deixar toda a gente confusa.

Eu já usei esta tática até em entrevistas de emprego. Uma vez, perguntaram-me sobre as minhas qualificações e eu respondi: "Sabia que os flamingos ficam cor-de-rosa por causa do que comem?" Consegui o emprego! (Mentira. Mas seria épico, não seria?)


Capítulo 7: O Efeito Chapéu de Alumínio – Crie Conspirações (ou a Arte de Ser um Agente Secreto Imaginário)


Teorias da conspiração são como piri-piri: deixam tudo mais interessante (e paranoico). Se não tem argumentos, invente uma conspiração mirabolante que explique tudo.

"As vacinas foram criadas para controlar as nossas mentes!" – Clássico! "A Terra é plana e a NASA esconde a verdade para dominar o mundo!" – Mais um sucesso! "O Wi-Fi causa infertilidade e o governo não quer que tenha filhos para não ter que pagar reformas!" – Agora sim, estamos a falar a mesma língua!

Eu já inventei uma teoria da conspiração sobre o desaparecimento das minhas meias na lavandaria. Elas são abduzidas por duendes que as usam para forrar as suas casas subterrâneas. Faz sentido, não faz?


Capítulo 8: Se Muita Gente Acredita, Então Deve Ser Verdade (ou o Efeito Manada Rumo ao Abismo)







A maioria nem sempre tem razão, mas quem se importa? Se um número suficiente de pessoas acredita em algo, transforme isso na sua verdade absoluta.

"Milhares de pessoas acreditam em horóscopo, então ele deve funcionar!" – Lógica irrefutável! "Toda a gente está a usar calças skinny, então elas devem ser confortáveis!" – Prova cabal! "Aquele político é corrupto, mas muita gente vota nele, então ele deve ser um bom líder!" – Raciocínio impecável!

Eu já usei esta tática para justificar os meus hábitos alimentares. "Toda a gente come pizza ao fim de semana, então não há problema nenhum em eu comer três inteiras!" – Saúde é o que interessa!


Capítulo 9: Se Perder, Finja que Ganhou (ou a Fuga Triunfal do Cobarde)


A derrota é inevitável? Não se preocupe! Transforme-a em vitória com um pouco de teatralidade e um bom par de pernas para correr.

"Ok, pode até ter razão, mas eu já me fartei desta discussão inútil! Vou ali comer um pastel de nata e pensar na vida!" – Saída elegante! "Provei o meu ponto e não tenho mais tempo para discutir com gente que não entende nada!" – Declaração triunfal! "Você venceu! Mas só porque eu o deixei!" – Mentira descarada!

Eu já usei esta tática até em jogos de videojogos. Se estou a perder, desligo a consola e digo que a luz foi abaixo. Imbatível!

Considerações Finais (ou o Manifesto do Chico-esperto)

Parabéns, meu caro! Agora está munido com as ferramentas necessárias para vencer qualquer discussão, mesmo que esteja redondamente enganado. Use este conhecimento com sabedoria (ou não) e lembre-se: a verdade é relativa, a tanga é eterna!

E se tudo correr mal, ponha as culpas no sistema. Afinal, há sempre um sistema para culpar.

Agora vá, meu pupilo! Domine o mundo com a sua lábia e a sua capacidade de distorcer a realidade. E lembre-se: o mundo é dos espertos... e dos que sabem aldrabar bem!


FAQ - Como Ter Sempre Razão (Mesmo Estando Errado)

  1. É realmente possível estar sempre certo, mesmo estando errado?
    Absolutamente! A verdade é maleável, especialmente quando você grita mais alto.

  2. Existe alguma técnica infalível para vencer discussões?
    Sim, basta interromper constantemente o outro e dizer: "Você não entende nada disso!"

  3. E se eu for desmascarado?
    Finja que foi ironia ou acuse a pessoa de não saber interpretar sarcasmo.

  4. Devo usar dados e estatísticas para argumentar?
    Sim, mas invente números aleatórios com confiança. Exemplo: "92,3% das pessoas concordam comigo!"

  5. O que fazer se alguém me mostrar provas contra o que estou dizendo?
    Acuse-os de serem manipulados pela mídia ou pela conspiração global.

  6. E se eu perder a paciência?
    Grite: "Isso é um ataque pessoal! Você está sendo tóxico!"

  7. Como posso ter mais credibilidade?
    Use frases como "Li um estudo sobre isso" sem jamais citar fontes.

  8. Se eu mudar de opinião, como evitar parecer errado?
    Diga que sempre defendeu essa ideia e que foi mal interpretado antes.

  9. Devo tentar parecer inteligente?
    Sim, use palavras complexas sem sentido. Exemplo: "Isso é um paradigma epistemológico pós-moderno."

  10. Qual a melhor forma de encerrar uma discussão?
    Bloqueie a pessoa ou diga: "O tempo vai provar que eu estava certo."


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